"Isso não é coisa de menina". O título por si só já ecoa uma história de barreiras a serem rompidas, de expectativas sociais a serem desafiadas. Ao pegar o livro de Rosângela Gelly (@rosangelagelly), somos convidados a uma jornada que transcende as rochas e os cumes nevados. É uma imersão nas vidas de mulheres que encontraram nas alturas, literalmente, um espaço para subverter normas, para reivindicar um lugar que historicamente lhes foi negado.
Rosângela, com sua própria vivência como montanhista e escaladora, não apenas narra essas histórias, mas se torna um elo entre as leitoras e essas pioneiras. Sua paixão pela montanha transparece em cada página, mas o que ressoa mais forte é o seu olhar atento para as motivações, os desafios e as conquistas dessas mulheres. Ela nos mostra que a busca pelo topo de uma montanha é muito mais do que um feito atlético; é uma metáfora poderosa para a busca por autonomia, por reconhecimento e pela conquista de espaços em um mundo que, por tanto tempo, ditou o que "era coisa de menina" e o que não era.
O livro se torna, então, um espelho do avanço feminino em inúmeros campos. Se pensarmos na ciência, na política, nas artes, no mercado de trabalho, vemos um movimento constante, ainda que por vezes lento e cheio de obstáculos, de mulheres quebrando paradigmas, ocupando espaços de liderança e demonstrando sua capacidade e talento em áreas antes dominadas por homens. Cada passo conquistado, cada voz que se levanta, ecoa a mesma determinação da montanhista que finca seu grampo na rocha, buscando a próxima ascensão.
E é no montanhismo que essa metáfora talvez se torne mais visceral. A montanha não faz distinção de gênero. Ela impõe seus desafios a todos que ousam enfrentá-la. O frio cortante, a altitude implacável, a exigência física e mental são universais. Para uma mulher chegar ao cume, ela precisa superar não apenas esses obstáculos naturais, mas também o peso de estereótipos, a descrença e, por vezes, a falta de apoio em um ambiente que tradicionalmente se via como masculino.
A conquista do cume, nesse contexto, transcende a vitória pessoal. Ela se torna um símbolo poderoso da capacidade feminina de alcançar o impensável, de superar limites impostos e de provar que a paixão, a resiliência e a determinação não conhecem gênero. Cada mulher que alcança o topo de uma montanha, seja ela qual for, planta uma bandeira não apenas no ponto mais alto da geografia, mas também no imaginário social, inspirando outras mulheres a escalarem suas próprias montanhas, sejam elas quais forem.
"Isso não é coisa de menina" nos convida a refletir sobre quantas "montanhas" foram consideradas "coisa de menino" ao longo da história. O livro de Rosângela Gelly, ao celebrar a ousadia e a força das mulheres no montanhismo, nos lembra que a capacidade humana de superação e de conquista não se limita por rótulos ou preconceitos.
Atingir o cume, seja ele de uma montanha imponente ou de um desafio pessoal, é uma prova de que a união, a perseverança e a crença em si mesmas são as verdadeiras ferramentas para desbravar qualquer território, por mais íngreme que ele pareça. E que bom que, cada vez mais, vemos mulheres mostrando ao mundo que o topo da montanha, assim como tantos outros espaços, também é, e sempre foi, lugar de mulher.
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